Num trote fronteiro de atirar o freio vou topando o vento só por por desaforo
de gastar a vida num gateado oveiro, louco de faceiro junto com os cachorros
pelo campo fora, pelas campereadas, apresilho os olhos num florear lindaço
de arrastar pro toso as ovelhas mestras e tudo que não presta de arredor do rancho
me pilcho bem lindo, tipo pro namoro, cabresteando as rugas deste amor bagual
que ao cambear das léguas vai boleando a perna pra santana velha do rio Uruguai
De sovéu bem curto, vamo meu cavalo, amgando pealos neste mundaréu
atorando as chircas numa manga d`água, amadrinhando a mágoa sem tirar o chapéu
semo um do outro sem rasgar baixeiro, adelgaçando o pêlo neste manancial
aparando as crinas do pescoço à orelha duma égua prenha sem passar o buçal.