DE ESTÂNCIA E SAUDADE
Senti um nó na garganta
quando saí da querência...
tantas memórias, recuerdos,
que a alma velha acalanta
e passam despercebidos!
só se fazendo presentes
quando a saudade, maleva,
no peito sente a distância.
A acácia velha da estância
no adeus da minha partida
esperançava um retorno
com flores amareladas.
no galpão os meus arreios
pelas guascas engraxadas
doomavam potrada alçada
no lombo dos meus anseios.
Quando mirei as esporas,
estradas largas de sonhos,
pelas formas das rosetas
senti que a vida aragana
tamb[em rodava dispersa
com os destinos emersos
nas tristezas das partidas
e alegrias dos regressos.
Cada pedra do terreiro
relembrava qualquer coisa
de algum passado remoto
num recuerdo caborteiro!
E a alma velha da estância
gritava em todos os lados
em contrapontos calados
aos berros das minhas ânsias.
Da tropilha do destino
embuçalei a saudade
que já vinha laço a fora
na mangueira da m`ia alma
não tive sorte na doma
e hoje e potro caborteiro
que corcoveia no peito
quando um recuerdo retoma...
quando mirei as esporas, estrelas largas de sonhos
senti que a