Dêrna que dêmo de peitá cum os Mendes têmo
Caído in tanta cruzeta covarda
Que as ispingarda lá de casa véve
Chêa de chumbo e pelaquí de póiva
Causo de que Nanova era noiva mais Tóta
E fôru uns Mendes tumá ela dele
Maiáro ele e leváro ela a pulso
Aí nois disimbestamo atrás dos caba
Nois que nuca fômo de questão
Quizêmo apalavrá cum os inimigo
E fumo ricibido cuma fosse o cão
Nois que nuca fômo de questão
Também num sêmo de levar iscarro
E inda nois tâno certo, num arreda o pé não
Hôme, num deu nem fuga nem de dizer nada
Levemo tiro e nois disprivinido
Só deu pra se infiá dentro d'ua grota
Finado Tóta morreu desse jeito
Fumo tangido cuma fosse bicho bruto
Ficaro uns morto e ôtos homilhado
Saingue quaiádo sêno de parente
Inframa a gente atrás de vingança
Velêmo Tóta, Pêdo e dois fí de Guelmá
A madrugada foi de sintinela
E haja tanta vela e reza pra rezá
Velemo Tóta, Pêdo e dois fí de Guelmá
E fumo depois lá do campo santo
Atrás dos prezepêro mode se vingar
E a tarde manerinha cum sol derramado atrás da Serra do Cigano
Matêmo um dos malfazêjo e aí foi pra mais dum ano
Dum disassossego
Muitos, pra num morrê, corrêro pra São Paulo
Dos que ficaro, uns foi pro cimitéro
Aí me dissero que os caba dos Mendes
Queriam cunvessá sem violênça
Sábdo, nois tava lá na casa de farinha
Eu, Mãe Silú, Zé Nildo e Antôim Conrado
O céu nublado chuviscava a gente
Quando é cum pôco chega os intrigado
Nois viemo atrás de cunvessá
Será o caminhão do Binidito que nois vamos mermo tudim se matá
Nois também querêmo se acertá
Daqui por diante tamo risurvido e deus cuide das alma que já tão por lá
Num casamento de raposa nois rezêmo um terço e fumo se lembrano
Do tempo ruim que nois passêmo se matano
Sem nicissidade