Não venha me dizer que não dá
Criar sem misturar não tem
O bom de tudo é a diversidade
Do preto com branco o quê que vem?
Não conte histórias do passado
O tempo já provou o que convém
Você pode estar errado
Do branco com o índio o quê que vem?
O quê que vem?
O quê que vem?
Não fale de meus antepassados
Chega de tanto “nhem nhem nhem”
Não passe por um recalcado
Do índio com preto o quê que vem?
Não faça mesmo que eles façam
“Maria vai com as outras” não cai bem
Somos um país de misturados
Então vou te mostrar o quê que vem
O quê que vem?
O quê que vem?
É, eu sei que é difícil de explicar
Pra quem não teve nunca que entender
Porquê discriminar?
Porquê não aprender a misturar?
Deus é brasileiro, Zeus é brasileiro
Nobres e plebeus no Brasil são guerreiros
400 anos desde os navios negreiros
Em 2004 socialite se consultam nos terreiros
Fidalgos, aristocratas e barões, todos ladrões
Políticos e figurões desde os tempos de Camões
Que nem gaviões com as garras no nosso dinheiro
Criar sem mix criou a Ku Klux Klan e seus freaks
Do preto ao branco no banco do carona eu ”panco”
Do branco ao índio o quê que vem, o que você me diz
Se liga no relato, mulato, cafuzo, caboclo, mameluco
Em qualquer fuso, daqui a Pernambuco
Aqui vos fala Mr. Black Alien
Em “Homem Que Não Virou Suco“
Caboclo , mameluco, mulato, cafuzo.