Nem dou ouvido, às coisas que nego tem dito
Suas rimas são receitas de ovo frito
Admito conflitos de ordem psicológica
O verso é o cochilo da lógica
Era do bang bang possível
Impossível é o que não foi tentado
Sou tentado o tempo todo, queimo um fusível
Responsável pelas coisas que eu prezo
Quando eu escreve eu rezo
Sempre uma oração para Jah na contenção
E uma intenção seguida de ação
Eu peço: paz por onde eu passo
Arrumar o quarto para arrumar o mundão
Demora, mas eu faço, uma semana para arrumar
Meia hora para bagunçar
Mato um leão por dia
Dá tudo que tu qué e rouba o que você precisa
O nome dela é tecnologia
Que quero que se exploda
No estilo mestre Yoda
Quantos 42 anos você tem?
Eu procuro minhas origens e o meu botequim
Mato o que representa o seu significado
Resgato minha tranquilidade e o meu brilho aqui nesse recado
E de um desânimo triste que se equilibra num filete de fé, é!
Levanto a guarda e deixo você feliz com a melodia e o Melodia
E vou metendo o pé
Quem é você?
Quem é você?
Quem é você?
Me diz, quem é você?
Ei, você
Quem é você?
Quem é você?
Me diz, quem é você?
E você diz
Tem dinheiro na manilha, na sacola, na braguilha
Malha grossa, malha fina
Dá pra recompor favelas
Dá pra implodir Brasília
Rezar saúde, educação e plenitude
Rogar por boa juventude
E tatuar no peito fé, a fé
E você diz
Quem é você?
Quem é você?
Quem é você?
Me diz, quem é você?
Ei, você
Quem é você?
Quem é você?
Me diz, quem é você?
Eu? Eu fala a verdade
Verdade que nem sempre está presente na realidade
Eu penso no quarto, eu penso a rua, o bairro, eu penso a cidade
Cada ida, cada chegada, cada estadia, cada saudade
Apocalipse Now na igualdade
Espíritos num mundo material
Eu sou o cachorro da paz, it's all for now
Eu penso no Estado, o país, a América e o planeta
A bereta pensa, lugar tranquilo e feroz
Menor ele fica quanto maiores formos nós
Bem rápidos em milhas náuticas marinhas
Quantos nós, quantos de nós, reis e rainhas
Nós somos o povo, cadê nossa voz?
Dê-me as minhas, Gustavo eu convido
A palavras e o ar que a transporta da boca ao ouvido
A dar um rolé com o cidadão honorário
Relógio às 4: 20, eu tô sempre no horário
Nunca sofri a síndrome do esperto
Fechado com o certo
Nem todo contexto amigo, que funciona o conceito de manter o inimigo mais perto
Quem não é visto não é lembrado
Me lembro de vários rostos no crowd daqui ao alambrado
Vivo o presente
Mas tá no molho a chave da gaveta do meu passado
E se eu abrir meu irmão
É que nem chamar os cachorros de volta depois de abrir o portão
Eu tenho sonhos e ambição
O segundo sem ganância e os primeiros com os pés no chão
Quem é você?
Quem é você?
Quem é você?
Me diz, quem é você?
Ei, você
Quem é você?
Quem é você?
Me diz, quem é você?