Abalos, surdos arrepios, multiplicado medo
Agora refeito, em consonância com o dínamo construtor de peixes e estrelas,
aponto minha coifa para os desígnios de Bob Marley Dylan Thomas
No campo amarelo, eu, os menestréis e o pintor Salvador Van Gogh
trançamos com palha da maldade um novo pano
Sempre revirei monturos, e não foram poucas as jóias resgatadas das vísceras da pocilga
Cercado por lixo, música lixo....poesia?
Ouço a voz de William Blake:
“Qualidade de vida de uma nação depende da qualidade de seus poetas”!
Tarde região Leste, São José dos Campos,
ônibus abafado na metamorfose de mais um abril
Minhas mãos, as mãos de Torquato Neto
Em quem guardar meu sêmem?
Em qual caverna apanho a água do novíssimo?
Ultrapasso os 27, 43, 49...ultraleve
Jim, Joplin,Jimy,
os penetro cá no país do vento encanado.
Dormiremos ó Cisnes Boreais! Nos véus estendidos pelas sempre-vivas das cidades
Os malucos por tudo
Os malucos por nada
A minha oração ensolarada
O pensamento trovejando na Consolação/Paulista
Saudades da guitarra falante, de um guitarrista qualquer, de uma Niterói, Tijuca, Humaitá, Estácio...
Bravo! Bravo! Bravo! Bravo!
Wilson Batista, Noel, Moreira da Silva, Ismael, Geraldo Pereira...
E a Lapa de Manoel Bandeira tremula engalanada nos átrios do meu apartamento