(“Vocês tão vendo uma paineira descorada
Na beira daquela estrada que vai embora pro sertão
Juntinho dela existia uma casinha
Antes de morrê Rosinha dona do meu coração”)
Rosinha era de olhar meigo e faceiro
Foi o meu amor primeiro que eu jamais esquecerei
Estou contando nesta minha triste história
Pois não me sai da memória aquela que eu tanto amei
Felicidade já gozei em minha vida
Quando a paineira florida com Rosinha eu contemplava
E existia em seus galhos muitos ninhos
Dos mais lindos passarinhos que Rosinha admirava
Mas o destino muito cruel e ingrato
Pois aconteceu um fato muito triste, e vou contar
Um certo dia precisei ir na cidade
Eu voltei com a tempestade, dava medo inté de oiá
Aproximando avistei logo a paineira
Me deu uma tremedeira, veja só o que aconteceu
Caiu um raio, certo foi por Deus mandado
Não me sinto conformado porque Rosinha morreu
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)