Dizem que o preto é pior, mas o branco não se salva;
Não importa, tanto faz quando usam uma farda;
Lagartinhos do sistema é isso que eles são;
Não compreendem que estão na mesma situação;
Não são da classe alta, não são ricos, nada disso;
São gente pobre igual á nós, só não entendeu isso;
Quem emprega eles é o mesmo que explora;
A mim, á você e mesmo assim se condecora;
Quando vão entender que estão matando gente deles;
Quanto tiram a farda se tornam igual á eles;
Moradores periféricos, baixos salários;
Mas quando vestem a farda pensam que são o Diabo;
Somente Deus pra iluminar esses pobres coitados;
Entender que também são um bando de explorados;
Eu não quero guerra, muito pelo contrário;
Só quero que entendam que estamos no mesmo barco;
Discriminação é a principal característica;
Se tiver de roupa larga é o preferido na batida;
Se for negro então danou o resto ó;
Inocente ou não apanhará sem remédio.
(2x) Clack, Clack, filho da puta vai põe a mão na nuca;
Clack, Clack, é o Diabo que desfila na rua;
Tribunal de rua na hora da cena;
Simplesmente pobres largatinhos do sistema.
Clack, Clack, filho da puta vai põe a mão na nuca;
Clack, clack, é o Diabo que desfila na rua;
A viatura ta chegando, a molecada sai correndo;
Com medo de apanhar, já conhecem o veneno;
Conseguem se tornar inimigos do povo;
Devido á sua conduta pensam que tratam de porco;
Deixou de ser autoridade, se tornou humilhação;
Pode ser trabalhador e é tratado igual ladrão;
Em pensar que essa raça já mandou no Brasil;
Graças á Deus não manda mais, então vai pra puta que o pariu;
Não consegue nem mesmo exercer sua profissão;
E ainda quer mandar na gente, quem eles pensam que são;
Se só cumprissem a lei ficaria tudo bem;
Mas eles pensam que tem algum poder do além;
Não é bem por aí, somos todos iguais;
A diferença é que vocês têm que manter a paz;
Eu sei que ninguém é santo, existem vários homicidas;
Mas não lhe dá o direito de tirarem tantas vidas;
Eu dou risada de vocês que são filmados;
Pela câmera de Deus por quem serão julgados.
(2x) Clack, Clack, filho da puta vai põe a mão na nuca;
Clack, Clack, é o Diabo que desfila na rua;
Tribunal de rua na hora da cena;
Simplesmente pobres largatinhos do sistema.
Preconceito estampado eles têm na cara;
Se julgam o rei da selva em gestão na quebrada;
Mas se o pau está quebrando então cadê você;
Falta periculosidade ninguém ta na QAP;
Mas eu sei muito bem aonde devem estar;
Num lugarzinho especial onde costumam freqüentar;
Ao cair da noite demorou de colar;
Se fosse vinte e quatro horas não saiam de lá;
A casa da luz vermelha é o local preferido;
Pouco importa se o dono é traficante ou bandido;
Já não paga pra entrar e come as minas de graça;
É melhor que estar na rua com risco de levar bala;
Conheço uma fita há muito engraçada;
Qualquer um que escuta já cai na risada;
Pode acreditar que esta fita é quente;
Pois quem me contou foi um amigo do tenente;
Um truta dele de zona trousse as minas pra trampar;
Lá de Santa Catarina, dez mulheres pra ripar;
Os fardas foi lá e molharam o biscoito;
Das dez que ele trouxe se casaram com oito.
(2x) Clack, Clack, filho da puta vai põe a mão na nuca;
Clack, Clack, é o Diabo que desfila na rua;
Tribunal de rua na hora da cena;
Simplesmente pobres largatinhos do sistema.