Meu raciocionio frio bola um verso pra cantar
A vida como ela é, sem maquiar
O pesadelo tá no ar, o sangue derramado
É o veneno da minha rima, a íra do assassino na intenção de
Matar
Invade o cinema dando tiro sem parar
O detento rebelado, que revendica
A criança desnutrida, que chora por comida
Na febre do ladrão na ação de criminoso
Que enquadra o carro forte na furia com sangue no olho
O corpo degolado na beira do rio
É o filho da madame que se pá reagiu
A favela tá cercada no combate ao tráfico
Traficante tá na mansão e não no barraco
Tem farinha no navio, maconha no jatinho
Empresário promovendo prostituição infantil
Oitão engatilhado, na nuca da burguesa
Arrastada no farol sem blindagem sem defesa
Sua mercedez seu dinheiro seu conforto
É atrativo pro ladrão cortar seu pescoço
O meu verso é veridico doutor
Pai de familia sem emprego, virou sequestrador
E você é responsavel bacana
Faz do brinde de champagne a tragédia humana
Vai chover na sua casa latrocinio
Vai correr um rio de sangue no seu condominio
Mas aí, se tem boy no caixão não me deixa triste não
Que aqui é o pesadelo que prossegue ladrão
[refrão]: o pesadelo tá no ar, sistema vai tremer
Tribunal facção não pague pra ver
Seja lá na sul, ou lá na leste,
Ratatata o pesadelo aqui prossegue (2x)
Ratatata o pesadelo aqui prossegue
Na fúria, na febre, na trilha do terror que o sistema oferece
Facínoras, rastro de sangue, cartucho deflagrado
O crime ediondo o homicidio qualificado
Aquele que mata o boy só quer comida no prato
... o salário
Sem luxo, duplex imobiliado
Diferente do politico que rouba os cofres do estado
Campanha eleitoral lava o dinheiro do tráfico
Do ladrão requintado, de terno engravatado
Dê seu voto pro partido do demônio
E vai ter luto tristeza muito sangue jorrando
Falta de escola, saúde moradia
Descaso total diante da fome a paz é utopia
É inevitavel 157 a mão armada
Sequestro relâmpago na coroa de caranga importada
Que espera e se desespera na mira do oitão
Mas cala a boca vadia que seu choro não comove ladrão
O plano audacioso que desafia a autoridade
A mente criminosa que põe em choque a sociedade
Um louco homicida que invade a mansão
Que faz de refém apresentador da televisão
Colocando uma arma na cabeça do bacana
Leva seu carro seu rolex sua grana
É o que o sistema impos pra favela
Policia, revolver miséria
Mas aí, se tem boy no caixão não me deixa triste não
Aqui é o pesadelo que prossegue ladrão
[refrão]: o pesadelo tá no ar, sistema vai tremer
Tribunal facção não pague pra ver
Seja lá na sul, ou lá na leste,
Ratatata o pesadelo aqui prossegue (2x)
[eduardo]:
Tribunal facção, quadrilha formada
Aí, judas cuzão locomotiva não para
Atravesso o olho gordo desloco o maxilar
Pega o queixo do chão e tenta me buscar
Sou soldado do inferno, prossigo na missão
Do berço ao caixão, a mesma opinião
A moda é pra tu, que sonha com status
Não quero dono de bmw na beira do meu palco
Vivo em auschiwits, versão brasileira
Me esquivando das granadas relatando da trincheira
O gambé cola embassa não tem nada no meu bolso
Vai se fuder pm aqui não tem troféu pra porco
Não foi em vão minha coroa pedindo comida
A estrada podre da vida fez de mim um homicida
Matando boy com torpedo intelectual
Condecorado pela favela eduardo facção central
Já quis a dona do boutique com dinamite
Mas hoje foda-se suas jóias, seu mitsubishi
Não tô na cena pra ser prêmio nobel da paz
Só quero velório com respeito e nada mais
Seu posto de petróleo, seu craiser zero
Vira lixo na clik-clek da tres oito zero
Contraceno no cenário de destruição e dor
Na produção de terror, que você financiou
Se não fosse o rap, também tava de uzi
Te enforcando com a sua gravata amarrada no lustre
O maloqueiro não se comove, com boy se decompondo
Quem planta morte acaba morto é a regra do jogo
[refrão]: o pesadelo tá no ar, sistema vai tremer
Tribunal facção não pague pra ver
Seja lá na sul, ou lá na leste,
Ratatata o pesadelo aqui prossegue (4x)