O crime é o meu assunto, o rap é meu artigo;
Não tenho trava na fala, Aliado G nunca se cala;
Face da Morte não deixa falha, garante o que fala mano;
Chega trincando com idéia pesada;
Só som de responsa sem papo furado;
Não é pra playboy viado ouvir e rebolar;
Pro mano interado, consciente, firmeza, ouvir, parar, refletir e pensar;
Na luta que eu vou citar, outra versão penal o tema;
Naquela favela com nome de Santo, a quebrada de lá é problema;
Detritos humanos, restos mortais são encontrados em canaviais;
O cemitério dos Amarais já não agüenta mais;
É o resultado da guerra entre quadrilhas rivais, ladrões e policiais;
É natural pra mim, é cotidiano, estou nesse meio desde os 7 anos;
Atualmente aos 21 tenho visto muita coisa em comum;
Do tipo que era considerado como aliado e ladrão;
Tava andando na cadeia e tornou-se um vacilão;
Desandando, não ta segurando a sua bronca, ta caguetando os irmãos;
É embaçado.
(2x) Outra versão penal, 157 na lei;
O mano sem moral, do seu lado não tem mais ninguém.
Uma par de 157 na sua ficha, ele era o bicho;
Considerado e respeitado em qualquer banca de ladrão;
Primeiro presente que ganhou do pai foi um oitão refrigerado;
Niquelado e uma doze de cano cerrado;
Ladrão por herança, desde criança acostumado com o comando do crime;
Troca de tiro na favela, perseguição pela viela;
Fica de pé quem tem mais perícia, nem sempre é a polícia;
Homicida, latrocida, maluco ninguém desacredita;
Não pensa duas vezes, saca o calibre e aperta seis vezes;
Se pá vai recarregar o refrigerado ou niquelado;
Não falha, não deixa á desejar, só pra você se ligar;
Vou te citar uma fita, muito errada, muito esquisita;
Oito e meia da noite vamos sair pro assalto;
Piloto no avião, quadrilha de sangue bom;
Um ritual que se repetia quase todo o dia;
Ninguém sabia que aquele seria diferente;
Ninguém sabia que aquele seria diferente.
(2x) Outra versão penal, 157 na lei;
O mano sem moral, do seu lado não tem mais ninguém.
Pararam e enquadraram mais uma vez, a quadrilha fez e desfez;
Fuga ligeira como sempre, um CORSA, um VERONE e uma 350;
Á poucos quilômetros dali o comando da polícia;
A fita foi caguetada, se liga rapaziada;
Vamos furar o cerco, sentar o dedo sem medo, agora é tudo ou nada;
Passaram no meio do comando, naquela troca de rajada;
Por incrível que pareça ninguém saiu machucado;
Quadrilha de morte mais uma vez com o plano rápido executado;
Mas de repente um incidente, outro comando logo á frente;
Aquele mano cai no mato com seu oitão niquelado e sua doze de cano cerrado;
Naquele momento seu pensamento era matar ou morrer, se entregar jamais;
O barulho das sirenes eram ensurdecedor;
Os latidos dos cachorros mais pareciam gritos de horror, são gritos de horror.
(2x) Outra versão penal, 157 na lei;
O mano sem moral, do seu lado não tem mais ninguém.
Do seu lado não tem mais ninguém, só os calibres e algumas mexas;
Se lembrou das conversas que tinha com seu pai;
Quando criança esperança de um dia ser alguém;
Mas aos 10 anos já estava dentro da FEBÉM;
Reformatório que nada, era uma prisão pra moleques;
Só estraga os pivetes, era o colégio do crime;
Dane-se o resto a vida passou como um flash;
Agora o mato está cercado por todos os lados;
Primeiro se aproximou, ele sacou pow, pow;
Já derrubou, saiu no pinote, choveu polícia na cola;
Levou uma bala nas costas, caiu com a boca sangrando;
Mas como diz o ditado, vaso ruim não quebra;
Foi enquadrado e levado pro distrito interrogado;
Não segurou sua bronca, ta de hora extra no mundo;
Agora só resta saber onde o fulano vai morrer;
Na cela ou na viela, a voz da favela comanda a justiça;
Esperam te ver em liberdade pra morrer aqui na rua;
É, safado, pilantra, já era quebrou a lei da favela.
Quem quebra a lei da favela é o seguinte;
Leva tapa na boca e tiro na testa;
Idéia do Face da Morte para aqueles caguetas;
Língua de tamanduá como dizia o outro lá;
Aí aquele abraço irmão, Face da Morte, paz.