Eu ando ando faço por onde
E não saio do lugar
Alguns estendem a mão de longe
Pois não querem se sujar
Me ligaram me procuraram
Só pra saber se estou bem
Ficaram aliviados ao saber
Que estou sem
Era nem beira força firmeza
Espaço no cômodo sofá de veludo
Carro fartura na mesa dinheiro no bolso
Roupa nova estudo
Até eu me cansar a paciência explodir
Um por um buscar e esfregar o lodo no nariz
Areia movediça fim da linha
Quem cai aqui patina
Fundo do poço tudo sem gosto amargo
Agora olhe pra cima
Esta é a visão que eu tenho
De janeiro a dezembro
Submundo das classes enxergo turvo
Abandonado faz tempo
Transborda a treta vai sobrar pra nos
Vai da problema
Suja o coturno de barro agora lembraram
Se for assim esqueçam
Sacudir poeira é simples lama que desanda
Endereço machado na rua da lama.
A sensação é que não da pra sair
Situação pior não existe
Observo trama sobre trama
Queria a certeza de que só vou voltar
Pra ajudar os que ficaram
Pois sei não é fácil estar na rua da lama
Clima de dores s dias são noites
Vaso moldado quebrado volta ao pó.
Garimpei achei uma grama de fé
Sinto que agora clareou
Cada passo que dou estremece
Abre caminho pego o que tenho e vou
To disposto a derrubar o muro imaginário
Por onde passo portas se fecham
Deixo pegadas de barro
Eu disse barro sujo afetou a minha gana
A esperança que eu tinha afunda em meio a lama
Folego Ta no fim e pra ir mais longe não da
Aprendi que tem que tentar
O mais triste agora é voltar.
A sensação é que não da pra sair
Situação pior não existe
Observo trama sobre trama
Queria a certeza de que só vou voltar
Pra ajudar os que ficaram
Pois sei não é fácil estar na rua da lama
Clima de dores s dias são noites
Vaso moldado quebrado volta ao pó.
Composição: Anderson