O sofrimento em abundância não desprende desta
Pequena casa pobre e uma par das outras delas
Construídas as pressas ó o perigo
Andando sem pressa ó o menino
Descalço nas ruas toda vez é assim
Perdeu o chinelo brincando com os amiguinhos
Já no seu canto se prepara pra dormi arruma o colchão
Pequeno aprendeu ele faz oração
Papai do céu proteja minha mãe minha família
Estou muito feliz obrigado por esse dia
Cuide dos amigos gosto deles também
Nos de muita saúde pra seguir amém
Esse é o gueto estreito imenso visto de dentro
Nos versos recordo os momentos
Da vida programada segue o roteiro
Episódio repetido refugiados do medo
Residindo na rua da amargura
Subúrbio submundo meu mundo e seu
Inoportuno rebelde pobre plebeu
Saiba pra onde I pra não se confundir
Por que a falsa sensação de que esta tudo bem
Insiste em persistir quer nos perseguir quer nos perseguir
Se tudo é festa e ostentação só trás mais bebida pra mim
Esperar o fim vê o sistema
Reduzindo a obediência marchando pra falência
Implícito corrupto fazendo sombra com a peneira
Improvisando sempre na mesma
Sou a voz que vem de dentro pra fora sem timbre sem nota
Note que falado contagia eleva a massa aos delírios
Compasso na cabeça tatuagem no espírito
E a falsa sensação de que esta tudo bem
Insiste em persistir quer nos perseguir quer nos perseguir
Mais ainda esta do mesmo jeito
Composição: Anderson