Hoje me tranquei no quarto pra matar a saudade
Onde estão os meus guardados lá do meu sertão
A sela toda de couro, o chapéu velho, o pilão
E num prego pendurada a viola empoeirada
Que foi feita a mão
Viola esculpida nas mãos de um velho matuto
Violeiro precursor da minha inspiração
Me lembro de seu ponteado, do acorde e da canção
Uma reliquia do avô que um dia deixou
Como recordação
Viola da moda campeira, do cururu e cateretê
Do pagode sertanejo, da toada e do som da catira
Se expressa na moda de viola
Surpreende na canção moderna
Viola que será eterna no peito de quem
Tem alma caipira