“Nasço neste poente paludo,
Neste ocidente sem bulbo,
Borbulhado,
Nem vê sem por quê!
Sol na mulera deixa punho de catarro,
Pois desde de girino eu era viciado
Em cigarro.
Sei que às vezes pareço azarado
Mas minha vida será construída com arado.
Nas panelas o fruto do cajado.
Eu serei matador de ovelha!
Mais conhecido: Raimundo Língua-seca...”
G D C D
Quando nasci, a saliva secou,
G D C D
Grudou leite e resto de mingau.
G D C D
Mamãe marcou consulta com o Doutor,
G D C D
Que constatou que era imoral
G D C D
A pereba que eu tenho na língua...
G D C D
Doutor avisou que era quase mortal,
G D C D
Espalha doença e catinga.
G D C D
E isso só dá em animal!
A G
Ah, Dona Zuleide!
D A
Eu quero uma língua nova.
A G
Pode ser do vô Jacinto
D A
Ou do titio Botelho Pinto.