Eu canso do canto das canções
Existe vida nas paredes
Elas vão dilacerando
Vão sofrendo mutilação
Enquanto o meu encanto
Sofre por indecisão
Perplexo, doente
A chuva limpa os jardins
Tanta sombra de fiéis
E o pranto me empresta a sua verdade
Desde que então
Eu o ame com maturidade
E o silêncio de uma lágrima
Pelo meu rosto inchado
Louva desesperado:
A tristeza exposta à mesa
E a certeza
Do meu corpo apaixonado
Pelo seu corpo gentil
Pela sombra do círio:
A destruição
O homem fez a vida ter razão
E este não tem certeza do céu
A agulha e comprimido
São amigos
Mais íntimos
E este teu instinto
É o que existe de lindo
Se olhando no espelho
Narciso em devaneio
Cai água pura no seu rosto
Límpido
Quero ouvir indagação
Quero questionar a razão
Tudo que é racional
E vomitar em cima das suas chagas
Deprimido instinto matinal
Eu acordo e torturo seu astral
Mas quando o inverno aparecer
O sentido irá desaparecer
Entre chuvas marginais
Dentre flores de ancestrais
Do alivio do corpo ao caixão
Da maldição
Os segredos da evolução
A proteção do ladrão
O silencio faz entender que nascemos para morrer
Quero ouvir indagação
Quero questionar a razão
Tudo que é racional
E vomitar em cima das suas chagas
Deprimido instinto matinal
Eu acordo e torturo seu astral
Mas quando o inverno aparecer
O sentido irá desaparecer
Entre chuvas marginais
Dentre flores de ancestrais
Do alivio do corpo ao caixão
Da maldição
Os segredos da evolução
A proteção do ladrão
O silencio faz entender que nascemos para morrer