Êe laiee (oo)
Laiee (oo)
Laiee (oo)
Espero que o sol dispare em minha direção
Raios cansados clareando a multidão
Sem veste e sem máscaras
Espero que a lua reflita sobre mim uma intensa luz
Nem tanto mística, nem tanto sóbria
Instigando minha alma a exalar o que tem de bom
Desejo que o vento sopre em meu rosto um bafo de realidade
E acabe com a indiferença com tudo à minha volta
Como gelo na lava, como gelo na lava
Êee laiêee
Laiee
Aspiro que o brilho das estrelas destrua o que aliena
E desperte o que hiberna em todo ser humano
Por milênios e milênios
Que a responsabilidade com o Planeta Terra
E com tudo que o habita, e com tudo que o habitará
Rogo a todos os deuses
Jah, Tupã, Cristo, Oxalá, Shiva e Alá
E tantos quantos forem que despertem ou não suas forças
E façam o homem sentir na pele a dor, ou o prazer
Causado por cada ato ainda antes de o cometer
E que cada mariposa voe o mais alto que conseguir antes de morrer
Que o fio da vida não seja medido pela comparação ao alheio
Que o cheiro da terra molhada seja sentido
cada vez e mais e mais vezes
E a muralha que separa os corações seja pulverizada
E a cultura massificada e não banalizada
E que a vida não seja simplesmente a espera da morte
Que a vida não seja simplesmente a espera da morte
Que o meu grito ecoe pelos corredores vazios
de uma escola em ruínas
E seja ouvido cada vez mais alto nos morros
nos sertões e nos planaltos
Que a vida não seja simplesmente a espera da morte
EE laiee
Laiee