Qual fio que mede a distância da vida?
Fina seda como veio, de borboleta
Que floresce
Quando o dia amanhece e se põe
Quando tudo
É só beleza
De padrão, para o trem eu não levo ninguém
Uma deusa de vinheta
Pertenceu ao mesmo reino que o seu
Porém sem que note desapareceu
No espinhal com cheiro de manga
Doce e serena, quando a morte é pequena
Na selva de pedra
Num mundo de concreto indiscreto
Todo bom desaparece
Toda aspiração desmerece
O sonho da felicidade
Se queima o fusível da utopia: o meu combustível
Idéias se fundem, contornam e voltam revoltas
Tolices soltas em forma de palavras
Discursos ou preces dos que só pensam neles
Reles, fuzis
Saia, ou não saia
Ou fume, ou mude!