Se acordo e não vejo o sol é porquê o sol não nasceu
Mas o que eu vejo é noite e ela já me escureceu
Não tenho medo de tentar, só me restou o arrepender
Passou o tempo de parar, refletir e refazer
Olha lá vem o amanhã e o sol finalmente está
O que se viu, então se vê. O que não foi, agora há
E eu já sei tão bem quem sou, demorei tanto pra saber
Não tem também que faça rir ou que me faça renascer
Meu amanhã por que não falas?
Eu quero ao menos satisfação
Da minha mente desgarrada, minha própria coleção
Deverei me espreguiçar, dor pela última vez
Lábios tentam gritar forte, vou adiante minha morte
Dessas vestes que despi, vão vaidade e ambição
Vão, vão
Abrir os olhos para o belo e disso sempre viverei
E nesse encanto que espero, em um sorriso morrerei
Olha já foi o amanhã e o ápice que vem
É bom, bem mais nutritivo no ar tranquilo do além
Se a morte desse o direito de dar o último adeus
Veria o nascer do sol, renascer nos olhos meus
Tudo que eu imaginava não podia imaginar
Tudo que eu esperava não estava em meu lugar
Pra todos os meus pecados eu procuro a redenção
Pra todos os acertos eu acho meu coração