Eu cansei de rogar-lhe
Eu cansei de dizer-lhe
Que eu sem ele
Morro sozinha
Mas não quis escutar-me
E seus lábios se abriram
Para dizer-me
Já não lhe quero
Eu senti minha vida
Se perder no abismo
Profundo e negro
Que triste sorte
Sem saber que fazer
Me entreguei à bebida
Hoje vivo na noite
Todos me chamam
Mulher da vida
Eu cansei de rogar-lhe
Com o pranto em meus olhos
Ergui meu copo
Brindei por ele
Sem poder desprezar-me
Ele disse sorrindo
Quem sabe um dia
Eu volte a lhe ver
Os boêmios calaram
Minhas mãos tremulando
Soltei o copo
Sem que eu sentisse
Ele então quis ficar
Ao sentir minha dor
Mas já estava escrito
Que aquela noite
Perdi seu amor