Somos cúmplices de um erro delatores
De um segredo de amor, juramentado
Somos réus de um mesmo banco
Enfrentando o mesmo júri somos, julgados
Somos parte de uma peça de teatro
Sem platéia dos palhaços, brincando de amar
Onde eu choro, você chora, a gente chora
Há tempo o amor já foi embora
E não quis nos levar
O juiz foi a nossa consciência
Condenados é a nossa sentença
Separados pra sempre amém, sem clemência
Na partilha vão os trapos e farrapos
Restos de fotos e fatos, dilacerados
Nem sequer um aceno amigo de adeus
Dois destinos desiguais dois, rostos molhados
Começar tudo de novo gatinhar
Reaprender a caminhar, me entregar e querer
Refazer o coração nova ilusão
Me embriagar noutra paixão
Morrer de amor e viver
O juiz foi a nossa consciência
Condenados é a nossa sentença
Separados pra sempre amém, sem clemência