Mas não paro! não... não... não
E eu não paro! não! pois se eu parar, quem fará por mim?
Não paro! não... não... não
E eu não paro! não! mano... eu vou até o fim!
O dia amanheceu e eu não levantei
Pois mais um dia amanheceu e eu não me deitei, ei
Eu tô doando corpo e alma nessa porra
Mas não quero brincar nessa gangorra até que eu morra
São 7 anos escrevendo, 5 anos trabalhando
Várias milhas investidas e ainda tenho a incerteza
Futuro ainda causa medo, eu confesso sou humano
Pois estar sempre 100 requer bem mais frieza
Às vezes eu também fraquejo
Também me sinto lá em baixo
Às vezes eu também tropeço
Sinto que não me encaixo
Às vezes eu nem rezo... contesto sua existência
Mas perdoe minhas fraquezas
Meus defeitos minha falta de paciência
Eu me sinto confuso, sem fuso... dentro de um labirinto
Sei por onde entrei, sempre saio tão fácil
Mas na real nem eu sei o que sinto
Talvez seja insegurança ou desconfiança
Que eu tenha em excesso desse plano
É que me atormenta o medo
De não poder dar tudo que eu quero
Pras pessoas que eu mais amo, mano
Mas não paro! não... não... não
E eu não paro! não! pois se eu parar, quem fará por mim?
Não paro! não... não... não
E eu não paro! não! mano... eu vou até o fim!
Amigos eu tinha cem
Quando escolhi isso não sobrou quase ninguém
Sei que os que sobraram é quem me faz bem
Mas perdi bem mais do que ganhei
Isso é um problema também
Isso nem é reclamação, só uma observação
Mais uma madrugada preso no meu quarto
Trocando minha vida por composição
Cada letra foda que eu escrevo mais eu me afasto
Afinal eu tô perdendo ou tô ganhando tempo?
Queria só um sinal pro meu investimento
Minha cabeça é um terremoto de 300 graus
Na escala richter
Às vezes não da pra conter o que tem aqui dentro
Às vezes quero explodir, às vezes quero escapar
Às vezes quero esquecer tudo isso aqui
Foder e sumir me drogar e chapar
Mas uma madrugada eu vou virar
O ditado já dizia eu aprendi a escutar
Que quem planta colhe, eu não vou parar
Custe o que custar eu continuo a plantar