A terra no leito sagrado da vida
Carrega o fruto da nobre esperança
De outra colheita com fértil fartura
E assim perdura na rica bonança
Eu sou um matuto que Deus enfeitou
Com simplicidade a nobre ilusão
Por isso digo que a felicidade
Com certeza cabe na palma da mão
O sertão me prende na lavra e na lida
A poesia da terra, aflora do chão
Eu deito meu sono num sonho caipira
E a vida me inspira a ser caboclão
O verde amanhece no meu horizonte
Em meio aos raios de um sol dourado
Meu sertão desperta pra nobre magia
Que a luz do dia traz como legado
Aqui não preciso desse mundo louco
Que sei existe na grande cidade
Agradeço a Deus por ser um matuto
Assim desfruto da simplicidade
O sertão me prende, na lavra e na lida
Composição: Francisco Ramos