O meu rancho tá bonito cercado da fauna e flora
A represa tá bufando tá jogando água pra fora
Sanhaço deixa azulado meus cinco pés de amora
E nos cachos de coquinhos maritaca vem cedinho
Todo dia mesma hora
Quando chega o mês da águas que a vargem toda tá cheia
O varjão fica dourado o arroz que nele cacheia
O pasto todo verdinho gadão agradece a ceia
Lá no meio da represa precisa ver que beleza
No espelho a lua cheia
O que mais chama atenção é a riqueza do lugar
O quem quem das arapongas faz ressonância no ar
O majestoso azulão em surdina a cantar
No meio do matagal quando canta o urutau
Faz a gente arrepiar
Tô vivendo do jeitinho que um caboclo merece
Quem planta sabe o que colhe a natureza agradece
Vivendo nesse mundão não tem homem que padece
Mesmo eu sendo um tabarel aqui eu vivo no céu
Com saúde se envelhece