Meu teto é de estrelas, meu chão levanta poeira
Penduro minha rede nas paredes da seringueira
A água vem da nascente, o alimento da semente
Ar a gente sente, como a luz vinda do sol poente
Minha casa, engraçada, cheia de vida, de graça
Onde animais não sofrem nenhum perigo de caça
Queimadas aqui não têm, pássaros voam livres
Desmatando preconceitos, com novas diretrizes
A chuva sempre vem para abençoar nosso plantio
Sem agrotóxico, longe do agronegócio mercantil
Frutas por toda parte, com a arte de subir no pomar
Abundantes e deliciosas, para quem quiser desfrutar
Borboletas nascem, abelhas produzem favo de mel
À noite entre a lua cheia e estrelas cadentes no céu
Fotossíntese da liberdade, andar nos campos sem fim
Em uma diversidade que é mato, já virou até capim
O que seria dos humildes homens, sem o gênio Darwin?
O que seria dos humildes homens, sem Deus, enfim
Se na natureza nada se cria, nada se perde
tudo se transforma
Contra a privatização, será necessária uma reforma
Agrária, por todos os cantos e pontos de nossa sociedade
Já está mais do que na hora de mudarmos essa realidade
Se concorda comigo companheiro (a) junte-se a essa luta
A natureza espera a tempo, nossa mudança de postura