Quantas mais Marias da penha
Vão vivenciar a mesma resenha
De no histórico de suas vidas ter sofrido violência
Vamos dar um basta acabar com essa indecência
Veja, como as mulheres são tratadas nesse Brasil
A violência é por segundo como tiro de fuzil
Você pensa que é normal mas a ideia é destorcida
Na Tv a gente vê e assiste de forma explícita
Um salve, mando um salve para as guerreiras
que lutam por um ideal
Contra um sistema que quer transforma-la em objeto sexual
Hei mulher, por você a caneta a gente risca
Pra defender direitos na sociedade machista
Chega da sub-representação da mulher na sociedade
Menor salário, menor chance, menor oportunidade
Que os covardes segurem teus desejos e anseios
Mulher também tem cérebro, não apenas seios
Está insuportável, desagradável, situação constrangedora
Some quanto tudo isso pesa, coloca na calculadora
Agressões de maridos, companheiros, suposto namorado
Deixam cicatrizes por tempo indeterminado
Pelo fim da violência contra as mulheres
É que transmitimos a mensagem nesse rap
Salve o oito de maio, vinte e cinco de julho
Todos os dias temos que falar sobre esse assunto
O preconceito, o desrespeito tem que ser combatido
Pra não virar estatística fortalecendo o feminismo
Por isso juntos o rap se torna um ato, um verídico fato
Pra somar nessa ideia, nada mais
nada menos do que Sara Donato
Parte Sara
Quero o bem das minhas
por isso boto o sentimento nas linhas
Com o peso das minhas rimas
liberto sua mente por entrelinhas
Pra que esse machismo? Só atrasa a corrida
E a cada pano passado pro homicida
foi uma Maria que teve a vida interrompida
Ei minha amiga, por favor não aceite virar estatística
E a temática da sua vida é terror na prática
E a cada oito horas em São Carlos uma mina é espancada
Se tem noção? É tiração, situação tá complicada
E a conclusão, é rap feminista em ação
Empoderamento feminino é revolução
E a Dina Di deu a dica pras mina resolver se juntar
E você que nos boicoto, vai pode começar se desesperar
Não, não é não, se não entendeu?
Cuida da sua vida, que da minha e do meu corpo cuido eu
Não to á venda não, não sou objeto
muito menos brinquedo nas tuas mãos
Sociedade me fere, persegue, oprime
por isso minha luta não é em vão
E as cartas tão na mesa, jogo
me quer na defesa, na sutileza ataco sua fortaleza
Mulheres de fato com certeza, nada frágil
nada frágil, guerreiras por natureza
(Fala) (Guilherme)
É preciso combater o machismo existente
dentro e fora de nós
Criado pela sociedade patriarcal
Junto com as guerreiras podemos mudar o fim
De não ter mais uma mulher vítima fatal