Sei que cai do céu, seja garoa ou tempestade
Vem satisfazendo meu egocentrismo pela metade
Pois mesmo que alivie um pouco a temperatura
Tem gente lá fora que sofre por não ter estrutura
É minha fuga a cada gota que bate na janela
Amenizando o calor, deixando ruim a tela
Melhor assim pra ver minha mãe longe da novela
Onde a maldade tá atrás de uma linda donzela
Tudo bem vai ficar bom, quando terminar este som
Todos um dia entenderão o porquê da dedicação
Escuto o barulho do silêncio em meio à escuridão
Uma só mente agitada, contra enorme frustração
Um dia de cão, agora o sossego é minha satisfação
Pra escrever sobre algo, sei lá, mais uma canção
Pessoas roubam à solidão, mas não fazem companhia
A insônia toma conta e aponta um caminho de ironia
Para dar volta por cima do sistema e da hipocrisia
Sem demagogia, versos que não são nenhuma apologia
Meu dia a dia, pensar, seguir em busca de uma solução
Poia cansei de ver dedos apontados, ninguém estendendo a mão
Seguindo guardião da esperança no conteúdo interno
Rimando pra salvar almas, minha vida são meus versos
A música que motiva, o ritmo e a poesia, expressão
O sorriso da criança, o canto do pássaro, coração
Não sabemos quanto tempo nos resta neste mundo
Tenho que deixar uma mensagem pra geração futuro
Uma motivação, inspiração, algo que seja positivo
Pra quando cair, levantar, recomeçar desde o início
Não é obsessão, não, é que se não tiver revolução
Como nossos filhos amanhã vão ter arroz e feijão?
Nos pratos, que estão ficando cada vez mais limpos
Que chato, preferem dar valor pro ouro do garimpo
Enquanto aqui sinto o mal se aproximar bem de perto
Sigo mantendo a disciplina, correndo pelo certo
Vamos ser abençoados como o sol que se põe
Dê valor a isso, como o vai com Deus de sua mãe
O mundo é assim, grosseiro, uma parada cardíaca
E a luz do fim do túnel permanecerá na última batida
Peço que se conscientize com a reza e a fé se afaste
De todo tipo de conspiração, do plano dos illuminati
Dos chips, dos caixões, o script é o arrebatamento
O dia do juízo final, onde tudo estará se esclarecendo
Parte Vinicius
Céus! Dentre raios e trovões
Tufões de devaneios
Por um dos meus ainda receio
O fim em águas já extinguido
Aumentaram as lágrimas, reduziram o tempo
E aumentaram os meus motivos
O homem estragou tudo e ainda não sabe de nada
Somos um só mano, ligados da Europa à África
Sem ouro, sem credo, nem raça
Canto sob o vento que corta a quebrada
Sinto maldade dentre 2 de 3 almas
Abraço a causa
Pro amor ser consequência
E que o sentimento mais puro fique longe da avareza
Protagonistas somos vários
Passando dos beco onde os mano perde o olfato
Paladar é luxo se falta comida nos prato
No pico do morro são mais dois ou três sentados
Mais 4 ou 5 tragos
Que trago nos bolso largo
A nicotina tá no maço
Me mostra o pessoal fracasso
O dia amanhece
Vendo arrebol faço a prece
Pacto sem sangue
Tá eu, os meus e o rap
Subverter em vivência nisso tudo
É ascensão da mente, em cima de um cinema mudo
Combustão da oração que revela os sentimentos
E ver a poesia como alquimia pra cura dos ferimentos