Bota pra ferver, baiana!
Nesse caldeirão a magia o amor
Derramando axé
Vai minha Peruche rumo a Salvador!
O mar quando beijou a areia
Trouxe uma lenda
Um forasteiro a navegar
Um clarão no céu o fez Caramuru
Amor nos olhos de Paraguaçu
A lua sobre as águas viu partir uma paixão
Moema se afogou na solidão
Paraíso de cenário, a mistura das raças
Traz também a dor da escravidão
Negro resistiu. Preservou a cultura
Da tristeza, sorriu!
Caboclos, Cidade de fortes, mulheres guerreiras
De fibra e coragem
Num só grito de liberdade!
Oxalá, tem batuque no terreiro!
Do Bonfim, fiz meu santo padroeiro
Eu vou subindo a Colina
E lá do farol
A luz do bem é quem me guia!
Deixa eu provar o seu tempero
Segredos do tabuleiro
O que é que a baiana tem?
A ginga e a dança, capoeira!
A arte emana da ladeira
No chão do Pelô, a alma e o valor
a negritude que jamais se apagará
Eu vou atrás deste trio, eu vou!
No toque do tambor
Meu povo traz a força ancestral
Vai sacudir a Filial!