Diferentes? Como assim?
Se todos nós temos começo, meio e fim
Povos acorrentados mentalmente
Que julgam o diferente como incompetente
Como se sentiria julgado por sua cor?
Olhar de sofredor, e alma de gladiador
Guerreiro forte, grande batalhador
Sofre com esperança de ser um vencedor
E lhe atinge, como um tiro no peito
A falta de respeito, e o excesso de preconceito
Sem mar de rosas em seu árduo caminho
Só um mar de sangue com os pés em cima do espinho
O corpo agredido, à beira da morte
Estalos assassinos vindos de um chicote
Como um ser humano pode ser tão brutal?
Isso é tudo causa do preconceito racial
Sempre frio, assim como uma geleira
O preconceito se manifesta de várias maneiras
Atinge, perfura, criando fissuras na alma
E quem supera essa dor, eu bato palmas
Refrão
Não nos trate, como animais
Respeite pois somos todos iguais
Abatendo o problema da sociedade
Meu rap destroça essa calamidade
Presos, amarrados na teia
A fome aperta, e a multidão cambaleia
Como suportar tanto sofrimento?
Se o castigo aumenta a todo momento
Seres humanos, negociados por dinheiro
Negros abatidos abordo do navio negreiro
Mesmo escravos, mantendo o olhar de esperança
De ser livre e correr feliz como uma criança
Independente de todo acontecimento
Os pensamentos de fé, voam com o vento
Mostrando a todos sua capacidade
Lutando no dia-a-dia pela liberdade
Suportaram o gosto amargo do fél
E o brilho do sol, trouxe Isabel
Realizando tudo que acreditavam
Abolindo a escravidão, e livre eles estavam
Todos merecemos a glória
Todos capazes de atingir a vitória
Espalhando a verdade por este mundo
Não trate o diferente como um vagabundo
Todos venceremos, com muita humildade
E no rap a gente abate essa calamidade
Refrão
Não nos trate, como animais
Respeite pois somos todos iguais
Abatendo o problema da sociedade
Meu rap destroça essa calamidade