Tonalidade, apresentada pelos corpos
Luz absorvida, refletida no olhar
À mercê do interpretar, de quem a enxergar
Derramar ou conservar, dentro de cada copo.
Que é o cálice, então cale-se e observe
Pra que serve? Há quem admire e quem nem percebe
E os prismas dilatados, honrados com o espetáculo
Da união de apenas 7, que gera uma infinidade.
Não é verdade? Variação incrível
Onde a luz impera irmão, tudo se torna possível
Prospera, na arte, é parte da proporção
Provando que sua ausência é plena escuridão.
"Óhh jão", imagina tudo isso em suas mãos
Com certeza tua pintura, traria satisfação
Ou não. E só depende da tua manobra
Pois ter matéria não quer dizer que tens a obra.
De sobra temos, cores para colorir
Cada cor, um odor, um sentido, uma flor
Cada uma originária de um conjunto vasto
Prontas para a coloração desse terreno nefasto.
O brilho do sol, me reflete as cores
Contemplo o azul do céu.
O verde das plantas,
Odores das flores.
Vejo o que há por trás do véu.
É o equilíbrio tonal, de "naipe yin yang"
Bem ou mal? Depende da intenção do autor
O vermelho, é sinônimo da paixão
Ou um mar de sangue aos olhos do malfeitor.
Disparadas estão, em todas direções
Atraentes cores, manipulam as emoções
Sensações, inerentes à nossa rotina
Guiadas pelo imenso astro que nos ilumina.
Invista, insista, vista
Navegue nas nuances, se torne um artista
Faça traços, preencha todo o vazio
Á pincelar tua existência com um pincel macio.
Abuse de tons de paz, não apague a luz
Tosco é tal ato que torna o clima fosco
Dias cinzas, carecem seus pigmentos
E o branco chora e implora sua total opacidade.
Na cidade, no país, na vida perva
Onde um verde natureza é apenas dinheiro e erva
Enterram as esperanças, dando lugar às trevas
E por falta de cores, travam guerras sem trégua.
O brilho do sol, me reflete as cores
Contemplo o azul do céu.
O verde das plantas,
Odores das flores.
Vejo o que há por trás do véu.
Composição: Freelosofia Rap