Babilônia, cotidiano sofrido
É só revolta e em volta os demônios sussurram no ouvido
E amarga o indivíduo que endurece
Da dó dos que esquecem
Que nesse frio ninguém se aquece só
Limitação limita ação, pega a visão
Ilusão é abrir a mente enquanto fecha o coração
O que te resta é o que não presta
Veja bem, além da fresta
A vida é um teste que te testa e quero ver bater de testa
É a cena, é a sina e não sou eu quem determina
Enquanto tu perde a linha eu encontro e escrevo as rimas
Em cima, jão, flagra a situação
E cada má compreensão é mais um prego no meu caixão
Já basta a indignação, de viver sem união
E eu tanto foco, tanto foco, foco tanto
E poucas almas toco
Antes que cessem
Então verifica linha por linha e vê se eu brinco de rap
Porra
Por que, ao invés de unir tem que separar?
Por que, pra subir tem que se rebaixar?
Já não basta vir de baixo? da vida ser capacho?
Só acho que vocês deviam parar pra pensar
Planeta terra, onde quem berra se ferra
O céu clama por paz e o solo fede a guerra
Seres distantes, sim, cada vez mais distantes
Construindo muros onde deveriam haver pontes
Selva de pedra irmão, então prepara o capacete
Pra sobreviver aqui você tem que "manjar dos macete"
Lembrete: Se compreende, corre atrás!
Ao invés de juntar lixo em baixo do seu tapete
O imundo enredo do mundo, é triste, viste que
Não há roteiro quando a vida rasga o script
O bem ninguém semeia, só ri da desgraça alheia
E é foda falar bonito pra quem quer ouvir coisa feia
Porém quem no amor insiste, persiste e não cessa
Enfrentará sem pressa a loucura desse hospício
Perdão não me enquadrar na peça, sou difícil
E assim como respirar, vir pra agregar é meu vício
Por que, ao invés de unir tem que separar?
Por que, pra subir tem que se rebaixar?
Já não basta vir de baixo? da vida ser capacho?
Só acho que vocês deviam parar pra pensar