Mais que as mãos, ata-me os pés e então mostra-me a cruz sem perspectiva alguma de perdão. Em vez de me ajudar me larga no chão sem sequer se preocupar com a cor do meu sangue ou qualquer rumor de morte em minhas mãos.
Bastaria um sopro ou simples sucção, me devolveria a satisfação de te ser útil pelo menos uma vez ao carregar-te em seu caixão. Se pensasse em versos, se com precisão então me expressasse , com precaução eu te diria quantas vezes pronunciei seu nome sem querer por falta de atenção.
Mais que o som, priva-me o gosto e não pede desculpas (nem sequer do rosto muda a expressão) por caminhar em mim julgando ser chão, nem pensar em dar razão pra mim quando eu disse que certamente a culpa não é só minha.
Por ter feito cinzas de algo tão bom, por me sufocar e eu mesmo assim ainda diria outra vez que quando for do gosto seu vá procurar por mim. Se estiver deitado pode perturbar ou fique à vontade se quiser entrar mas não espere me encontrar com vida, respirando ainda e não repare o cheiro do lugar