Brotam campos, abrem flores
Largam os reprodutores
Pro focinho da potrada
Os buçais dos domadores
Deixam os ranchos e os seus
Hereges, pobres plebeus
Ficam em volta os rosários
Chinas rezando prá Deus
Dando dentada nas loncas
Entre flores de açucenas
Em garrões de rudes pés
Vão cantando as chilenas
Trava-se uma luta bruta
Entre os dois animais
Por natureza instinto
Vencem sempre os racionais
Com jeito de tapejara
soprando e tapeando a cara
Voltem coxilhas morenas
Quando a noite é lua clara
O ronco da virilha
E o rangir do arreio
Espantam os quero-queros
E se levanta o rodeio
Dançam em frente ao vivente
Lambem bota e tirador
Os cachorros que festejam
A volta do domador