Meu marujo de Lisboa
Vestido de azul ou branco
Andas nas ondas do mar
Trazes delas o encanto
Tu, numa esquina da alfama
Bairro alto ou madragoa
Sob a luz de um candeeiro
És o brasão de Lisboa
Quando passas à noitinha
Ali no cais sodré
Parece ser a espuma branca
Que traz da onda a maré
Isso vai do azul vestido
O teu alcaixa a brilhar
O azul que vai em ti
O azul que vai ti
É o das ondas do mar!
Meu marujo de Lisboa
Filho de raça de fama
Foste tu que um dia andaste
Nas naus de vasco da gama
Tu que descobristes o mar
Que era então desconhecido
O mundo não era mundo
Se não tivesses nascido
Quando passas à noitinha
Ali no cais sodré
Parece ser da espuma branca
Que traz da onda a maré
Isso vai do azul vestido
O teu alcaixa a brilhar
O azul que vai em ti
O azul que vai ti
É o das ondas do mar!