"De peito aberto
Como quem espera chuva
Na porta de um bar estava eu
De peito aberto...
E então chegou uma chuva
Levando ela pra Morfeu
A passos largos
Entre carros
Caminhando era canção
Nos canteiros da avenida
Colhi-lhe as flores mais bonitas
Mesmo assim, me disse "não!'
Passe só mais uma vez na madrugada
As horas em que os poetas criam
Na mesma porta, do mesmo bar
Deixe, eu peço a Deus mande mais chuva
Para regar os mil canteiros
Que guardo por lhe ofertar.
De peito aberto...