Uma estrada comprida que leva
Alguém de regresso a sua terra
Ouvindo um clarim tocando
Anunciando o final da guerra
São coisas que nos alegram
Ao ouvirmos um grito de paz
Eu porém vivo triste a chorar
E por te amar é que sofro demais
Um boiadeiro tocando a boiada
Cortando a estrada a passos lentos
Aviões cruzando o espaço
Em velocidade cortando o vento
São coisas que nos alegram
Ao ver o progresso correndo
Eu porém vivo triste a chorar
E por te amar é que vivo sofrendo
Um andarilho que vaga sem rumo
Por terras estranhas distante do lar
Lembrando em sua mãezinha
Que ficou rezando pra ele voltar
São coisas que acontecem
Nesta longa estrada da vida
Eu também sigo triste a chorar
Só por te amar, menina querida
Uma mulher chorando em seu quarto
Olhando o retrato do seu bem amado
Na vitrola um disco tocando
E ela esperando seu anjo encantado
Na grande estrada da vida
Pra quem ama é sempre assim
Nesta estrada eu sigo também
Sem ter ninguém pra chorar por mim
Nesta estrada eu sigo também
Sem ter ninguém pra chorar por mim