Menina do interior
Nasceu, se criou na simplicidade
Deixou os pais lá na roça
A velha choça e veio pra cidade
Em busca de vida melhor
Sem crer que o pior fosse acontecer
Sem querer cai na ratoeira
Mas de qualquer maneira precisa vencer
Ela trabalha de garçonete
Numa lanchonete de alto padrão
Trabalhando com muito amor
Seja como for pra ganhar o pão
Não tem a quem pedir arrego
Pensando no emprego perde a razão
Seu rosto tristonho sem brilho
Pelo amor do filho do seu patrão
Seu rosto tristonho sem brilho
Pelo amor do filho do seu patrão
Quando chega o Natal
Ou o carnaval ela pega o trem
Vai passear na roça
Rever a choça e os velhos também
Abraça mamãe e papai
E diz que vai tudo muito bem
Por um instante ela cala
Pensa mas não fala do filho que tem
Ela trabalha de garçonete
Numa lanchonete de alto padrão
Trabalhando com muito amor
Seja como for pra ganhar o pão
Não tem a quem pedir arrego
Pensando no emprego e na proteção
Mamãe, vou levando a vida
Sou muito querida do meu patrão
Mamãe, vou levando a vida
Sou muito querida do meu patrão