De sol a sol atravessando o sertão
Montado em seu alazão, tocando a sua boiada
E lá na frente um berrante repicando
A boiada acompanhando até o fim da jornada
(Vai boiadeiro, vai boiadeiro)
O boiadeiro caprichoso, moço forte
Ele é filho do norte, brasileiro, sim senhor
O seu cavalo mais veloz do que o vento
Puxando boi pelos tentos no seu laço pegador
(Vai boiadeiro, vai boiadeiro)
De tardezinha quando o Sol vai se escondendo
Faz o fogo no sereno e pára pra descansar
E a boiada que caminha para o corte
Não entende que a morte não demora pra chegar
(Vai boiadeiro, vai boiadeiro)
Veja a aurora, o novo dia que vem
Boiadeiro muito além da sua terra está
Não vê a hora de entregar a boiada
Pra rever a sua amada que ficou a lhe esperar
(Vai boiadeiro, vai boiadeiro
Vai boiadeiro, vai)
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)