Já não há mais o que vagar
dois olhares envergonhados
agora tudo é discreto
até já esqueces o passado
se te perguntarem
se estive ausente
vão ouvir dizer
que não me vendo
nem me dou a toda a gente
Não há... ninguém como tu,
tão diferente
não há...ninguém como havia,
antigamente
As pessoas que tu ves
no meio das avenidas
todas procuram assentos
já nem ligam ao dia-a-dia
os mendigos que se escondem
nas arcadas divididas
fumando definitivo
deitando contas à vida
e se alguém notar
a tua indiferença
diz-lhes que o acaso
é mera coincidência
Não há... ninguém como tu,
tão diferente
não há...ninguém como havia,
antigamente
Não há... ninguém como tu,
tão diferente
não há...ninguém como havia,
antigamente
Não há... ninguém como tu,
tão diferente
não há...ninguém como havia,
antigamente
Não há...
Não há ninguém como tu!