Viras tudo do avesso
De modo quase vulgar
Esperas que te pague um preço
Que nunca te vou poder dar
Impões a tua fasquia
Em jeito de ritual
Esqueces que há outras vidas
Como se fosse normal
Queres dizer as palavras
Que só os sabios sabem soletrar
Não digas mais coisas parvas
Podes fugir, eu vou-te agarrar
Na, na, na, na, na
Ensaias o dramatismo
Muito melhor do que eu
Estás para além do que invento
Sendo os meus vícios os teus
Ouvimos sempre os conselhos
Que os mais antigos podem ensinar
Mesmo que tenhas defeitos
De quando em vez, podes zarpar
Na, na, na, na, na
Querer o tudo e pedir
Pedir o tudo e querer
Uma vontade de agir, ensinou como fazer
O tempo acabou por vencer