Essas praias alegres da zona sul
Só enfeitam no tempo das luzes
Para o espírito solitário da torre se alegrar
Com toda a sua tradição
Leva os morcegos á loucura
Com as suas luzes flamejando de noite
Parecem está colocando churrascos
Não mais na churrasqueira
Mais direto na fogueira
Com frio esfregam suas mãos nos bolsos
De seus casacos de pele
Pensando em comprar joias raras
Para presentearem suas esposas
Que pensam em esvaziar seus seios da face
Com todas as suas aventuras
E todos os seus desejos amorosos
Guardam mágoas de tempestades passadas
Que deixam marcas por todas as estradas
Dos novos séculos a seguir
As novas garotas das cidades
Preocupam-se mais com o pudor
E escondem seus rostos e mãos
Para que não sejam notadas por ninguém
Que por algum motivo passam nas ruas
E as avistam de longe em suas varandas
Isoladas com grades, passaram a admirar
O mundo com mais prudência
Cidade das cercas
Prudência ou medo?
Cidade das cercas
Cercas que isolam os novos filhos da américa
Cercas que isolam à razão do mundo
Cercas que refletem os raios solares
Para longe de nossas vidas
Cercas que separam as flores que nascem
Das flores que murcham
Cercas que separam paixões de jovens poetas
Cercas que barram ações de heróis e vilões
Cercas que desaparecem na neblina
Cercas que separam os nossos
Recém- nascidos dos velhos anciões
Cidade das cercas
Nunca saberemos que segredo esconde
Cidade das cercas
Cercas o meu peito de desilusão
Cidade das cercas