Guardado num armário frio
de um vazio meridional
Descolorido numa foto
da folha mais antiga de um jornal
Suspira lantejoulas apagadas
Num escuro de lembranças penduradas
Na luz da fechadura, lamenta
Faminto da textura pessoal
Acorda da clausura, não aguenta
Foge o vestido azul royal
Abriu, saiu, partiu
Não é mais daqui, dali, de lá
Paraná já não é real
Paraná é tchau!