Nem o vento marreteia
Minh'alma turva parada
E nunca ganhei estrelas
Feito qualquer poça d’água
E nunca ganhei estrelas
Feito qualquer poça d’água
Por vezes, ganho respingos
Da chuva que vem guasqueada
Mas tenho prima e bordona
Dos grilos nas madrugadas
Mas tenho prima e bordona
Dos grilos nas madrugadas
Sou água benta pra o mundo
Benzendo os carrapateados
E ganho o campo pingando
Na barrigueira do gado
E ganho o campo pingando
Na barrigueira do gado
Pingaços contra o alambrado
Mosqueando anca e virilhas
Na sombra das Coronilhas
Retumba um berro de gado
Um potro de queixo atado
Se acostumando c'o a lida
Renasço a cada mergulho
De alguma vaca de cria
Pingaços contra o alambrado
Mosqueando anca e virilhas
Na sombra das Coronilhas
Retumba um berro de gado
Um potro de queixo atado
Se acostumando c'o a lida
Renasço a cada mergulho
De alguma vaca de cria
Sob um céu telha de barro
Tenho um chão, negror de sanga
Inventei minhas Três Marias
Das rosetas das picanas
Inventei minhas Três Marias
Das rosetas das picanas
Um riscão, pata de vaca
Cicatrizes do meu mundo
E um rebanho, gado pampa
Em minha alma, lá no fundo
E um rebanho, gado pampa
Em minha alma, lá no fundo
Forquilha atrás do cogote
Estouro de gado n'água
Nem o vento marreteia
Minh'alma turva parada
Nem o vento marreteia
Minh'alma turva parada
Pingaços contra o alambrado
Mosqueando anca e virilhas
Na sombra das Coronilhas
Retumba um berro de gado
Um potro de queixo atado
Se acostumando c'o a lida
Renasço a cada mergulho
De alguma vaca de cria
Pingaços contra o alambrado
Mosqueando anca e virilhas
Na sombra das Coronilhas
Retumba um berro de gado
Um potro de queixo atado
Se acostumando c'o a lida
Renasço a cada mergulho
De alguma vaca de cria
Renasço a cada mergulho
De alguma vaca de cria
Renasço a cada mergulho
De alguma vaca de cria