Só eu sei as forças que vem contra
Espíritos que sopram e votam
Pra eu não mais cantar (monstros a sussurrar)
O flow sai puto, o beat roda em luto
A rima soa insulto pra ressuscitar, me relembrar
Da voz de cima, aquela que escuto
Quando o resto muto pra me consertar (e então citar)
Que rap é cura! só quem sabe que é doente entende
E hoje quem porta o mic vai te consultar (te receitar)
Loucura! desilusão! desiludir é bom
Veja o vento de onde vem, pra onde vai?
O tempo continua indecifrável
A verdade da vida é insuportável
O que já foi não é e o que virá será, logo irá
Se tornar o que já foi, o hoje é sem boi
Pergunto: qual evolução?
É a mema bifurcação: o mal e o bem
Só que os menino é febem
Humano qual? ser o mano "quem"
Ser humano é mau
Por bem ou por mal, pelo mal de quem?
E hoje nem tô mal, até que tô bem
Se deserto é ritual, o que é eterno será atual
Do desconforto nasce a resistência
Do medo, a ciência
Mano e o que vai dar sentido pra sua existência?
Vivência traço, passo pro almaço
Faço voz da consciência maço das letra que amasso
Laço que enfraquece o nó do pó que renasço
My brotha diz: entra pro crime
E vem dizer que é fácil! (vem)
Cês quer que eu rime sem sentir o cansaço?
O ônus do palhaço é caminhar descalço
Perdi meu templo, perdi a fé naqueles bom exemplo
E num é que foi bom?
Hoje o passo é lento
Olhar pro vento
E paciência pra quem vai no front!
Rap é o som