Profetas sempre foram mal vistos, mal quistos
Veja como trataram cristo
E ser profeta é um compromisso meu
O dia que o rap virar moda ele morreu
Num é nada mais que incomodar nossa função, protestos
Em vida e canção profetas indigestos
Riscando cadernos, quente, utopia em mente
Satisfação, minha profissão é inconveniente!
Mal aceito em rodas, malão, excluído
É isso memo, o rap não nasceu pra ser bem-vindo
Ideias subversivas refletidas em canção
Nunca mais esqueço o bill cantando no faustão
Em plena tela criticou as novela
Pic bandido, o negão foi logo interrompido
Ô loco meu, ô loco memo, meu
Rap sumiu, as bunda reapareceu
Essa é a mídia do brasil, putaria intensa
Noiz vai chegar, mas vai fala o que pensa
Cavalo selvagem, salve, rapadura
Pesadelo dos patrão da nova ditadura
Rap não é tapinha pra agrada nas costa
Se pergunta, cês vão ouvir inéditas respostas
Vamo juntar pra num deixar se perder, corre solto
Se virá moda é porque já tá morto
Em festas já opinei em cima de batidas
Pediram pra não voltar então missão cumprida
Minhas ferramentas são rimas e beats
Aceito sacrifícios, rejeito convites
que nem kamau que apesar dos pesares insiste
Meus manifestos soco na playlist
Somos limões azedos, quem morde estranha
Faz cara feia, desce quadrado e arranha
Pois quem aponta o dedo na cara do sistema
Jamais terá seu braço erguido como herói na cena
Resgate do valor essencial que carrego
que nem sininho em bola de futebol pra cego
Mostro o caminho pra quem não enxerga
ninguém é puro, mas é possível comer menos merda
A voz que denuncia extrapola o quintal
Jeremias, elias, taíde e brow
Snj, g o g, marechal
De gilberto gil a facção central
Missionários em fundações casa
Favelas, quilombos que me dão asas
Concedem mil motivos, sem red, nem bull
Descendentes de ex escravos da pele azul
É uma tribo só, um ideal maior
Sem essa conversinha de "quem é o melhor? "
E o julgamento dos escroto é o que eu menos temo
porque o alerta é pros otro e também pra noiz memo