No primeiro ato
O fogo ardia em tal profusão
Uma desarmonia assim por dizer
Ao sabor da paixão
O fogo e a saudade
A extremos levados
Murmúrios morrendo
Nos lábios colados
Não demorou muito
A explosão e o sono
Dois corpos cansados
No segundo ato
Mais então das ações
Mais calma
Mais dengo
Entregas
E fugas
Pés no céu, mãos no chão
O fogo e a saudade
Então se harmonizam
E encontram os extremos com mais poesia
De versos mais longos
Que ao dar-se a explosão
Já amanhecia
Chuveiro ligado
Convite a partir da olhares trocados
Era o desafio
Aos extenuados
Que aplaudido jaziam
No palco do amor
Veio a luta de corpo e alma
Uma briga de foice
E os dois vencedores
Vivemos, de fato, o amor
Dos amores
No terceiro ato