Homem de pouco recurso, não sei mais sonhar
Trago na jangada toda minha história e o meu
Penar
Longe de cá, te vejo cantar
Rosto de olhar dormente a me acalentar
Fui de nova preservada onde aprendi a andar
E também sonhar, se o rio me apontar a ti
Moça morena, vizinha das águas também
Moça, eu daqui te grito
Pois já escrevi pra você
E assim nem sequer abriu pra saber
Moço do outro lado deste rio foi você
Moço, pegue essa canoa me perdoa, é que eu não
Sei ler
Vem cá, moço, vem me diz o que é
Nesta carta, moça minha, eu dizia pr'ocê ficar
Todo dia
Toda vida com eu, viu
Isso é que dar ser tão linda
Não sou linda, sou menina
Vem, me ensine amar