Lá d'onde o campo enfrena o dia abrindo o peito
No velho jeito de tirar zebu da grota
Se ata espora pra um torão de fundamento
Passando um tento embaixo do taco da bota
Lá d'onde o touro mais "veiaco" tem costeio
Um par de arreio é ferramenta de valor
A vaca xucra esconde a cria na macega
E a cavalhada não nega que por lá hay domador!
Lá d'onde as penas se transformam em melodias
Na campeira sinfonia de "coscoja" e nazarenas
Almas antigas rondam galpões nas estâncias
Pois são grandes as distâncias e as saudades tão pequenas
Lá d'onde ainda ecoa forte um "venha, venha!"
Chamando a tropa no reponte das auroras
A bagualada segue atrás da égua madrinha
Na velha estrada da linha, serpenteando tempo afora
Lá na fronteira, os tajãs, por contingêngia
Contrabandeiam querência, ora pra um lado ora pra outro!
Se ganha a vida a casco e braço nos varzedos
Se aprende cedo a "ensiná" a lida pra um potro
Lá na fronteira, na amplidão das invernadas
Se termina a campereada quando o sol apaga as brasas
Então se volta, a trotezito, assoviando
Pra matear junto da china no jardim defronte 'as casa'