É, foi um passarinho
Que cantou no meu ouvido
Notícias de você
Que "cê" tava perguntando por mim
Assim com quem nada quer
E que nas noites de luar
No sabe mais o que fazer sem mim
É, foi o meu vizinho
Danado passarinho, que com pena de mim
Fuxicou no seu ouvido
Segredos do meu coração
Que eu ando triste pelas ruas
Sem luar, sem ar, sem chão
Quando a saudade bate
Não é brincadeira
Formiga o peito
Deixa doido o coração
É um tição que acende na gente, fogueira
Arde de um jeito, que a alma vira carvão
Balança rede
Derruba a ribanceira
O olho vira cacimba
Faz no peito erosão
Não tem remédio que dê jeito na saudade
Quando a dor do amor invade dilacera o coração
Pois é