Carrego Comigo estampado na cara
Esse jeito caipira, todos podem notar
Está nos meus olhos na pele e na alma
Na minha pronúncia e no jeito de andar
Está no meu sangue que corre nas veias
Até no pulsar do meu coração
No traje roceiro da minha rotina
Chapéu aba larga e a velha botina
Nos calos que tenho na palma da mão
Não Tenho Diploma da universidade
O cabo da enxada foi minha lição
Plantando e colhendo a semente da terra
O fruto sagrado que nasce do chão
Me orgulha bastante por ser dessa gente
De fibra e valente com sua missão
Que a terra fecunda e nela semeia
Colheu o alimento pra noite da ceia
Que o Mestre serviu para os doze cristãos
Nunca Tive Medalha, muito menos troféu
Nem sequer homenagens pelos feitos meus
Mas sou abençoado pelas mãos Divina
E a Mãe natureza criada por Deus
Sou filho da terra me criei neste chão
Defendi meu torrão trabalhei com amor
Prá que em todas as mesas nunca falte comida
Que o pão também seja a essência da vida
É preciso que tenha as mãos de um lavrador