Deixem passar o que há por contar
A voz da cigarra que nunca cantou
A luz do luar que nunca foi dia
O sol que se pôs, de manhã, devagar
Era uma vez uma grande magia
Beijava de paz tantas dores sentidas
Brilhava, suave, asa de ave contente
Voava ao sabor das horas perdidas
Voa magia, e vai na miragem do amor
Magia, voa e volta das voltas sem dor
Voa, magia, e veste os teus sonhos de cor
Magia, voa e vai na viagem do amor
Não tinha varinha mas tinha um condão
Da vida levar ao cais dos segredos
Tocava a varinha na noite dos medos
E o céu acordava na palma da mão
Voa magia, e vai na miragem do amor
Magia, voa e volta das voltas sem dor
Voa, magia, e veste os teus sonhos de cor
Magia, voa e vai na viagem do amor